A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, esteve nesta sexta-feira, 20, em Mossoró para participar do último dia do 70º Fórum Nacional da Associação Brasileira de Reitores e Reitoras de Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), realizado no Hotel Garbos.
De acordo com a presidente, as universidades estaduais e municipais, para assegurar a permanência estudantil, têm desafios comuns: melhoria na infraestrutura, na carreira docente e na necessidade de aprimoramento do quadro de pessoal etc. Citou a greve dos estudantes em curso na Universidade de São Paulo (USP). “E olhe que estamos falando da USP”, que, afirmou, possui as mesmas pautas.
Além disso, essas Instituições de Ensino Superior (IESs) têm como característica uma extensa capilaridade. Elas geralmente possuem campi no interior do Brasil, ampliando as oportunidades de ensino superior. Ocorre, porém, que essa mesma capilaridade impõe a dificuldade do transporte. “Muitos alunos precisam pegar dois, três ônibus para ir à universidades, outros moram em municípios vizinhos ao campus e as universidades não dispõem de veículos para esse transporte”, disse.
Os orçamentos dessas instituições também precisam de maior robustez. Para isso, salienta a presidente, os governos estaduais e federais precisam estar atentos a esse ponto, no sentido de assegurar recursos para universidades estaduais e municipais.
Por mais orçamento, muitas dessas IESs aderiram ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), “abrindo suas vagas para todo o Brasil”. Daí que, diz Manuella, a necessidade de investimento em infraestrutura de transporte e locomoção é ainda maior, sem esquecer outras políticas, como as de inclusão e as que asseguram a alimentação de estudantes em todo o País.
Manuella é estudante de engenharia Ambiental da FMU e foi eleita presidente da UNE em julho deste ano.
Foto: Rodrigo Oliveira/Uern
