No intuito de promover um diálogo com o público LGBTQIAP+ para identificar as demandas do segmento e elaborar políticas para inclusão e enfrentamento às violências, foi realizada na manhã desta quinta-feira, 15, a Plenária LGBTQIAP+ da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), no auditório da Faculdade de Serviço Social (FASSO), no Campus de Mossoró. O encontro é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e a Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (DIAAD).
Participaram do debate, a Pró-reitora e Pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis, Ana Angélica e Nestor Duarte, respectivamente; a chefe do Setor de Relações e Identidade de Gênero, Direitos das Mulheres e da Comunidade LGBTQIA+ da DIAAD, Suamy Soares; e a mestranda Mayara Saraiva, a primeira estudante transexual do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Direitos Sociais (PPGSSDS).
Nestor Duarte pontou que dentro da perspectiva de uma universidade inclusiva, a Uern vem constantemente dialogando e debatendo sobre a temática para fortalecer as ações afirmativas. “A Universidade é um espaço de reprodução social, que replica as experiências e costumes a qual está inserida, mas ao mesmo tempo é um espaço de construção, de transformação de padrões. E nosso objetivo enquanto universidade é garantir direitos e espaços às pautas historicamente reprimidas”, declara.
A estudante Mayara Saraiva relatou um pouco da sua experiência como pessoa trans na Universidade e na pós-graduação, destacando que a sua realidade é a exceção na vida de pessoas transexuais. Ela relatou que muitas pessoas trans não têm tantas oportunidades, geralmente são expulsas de casa e sofrem preconceitos no mercado de trabalho. “É muito difícil para a pessoa trans chegar e permanecer na Universidade diante de tantos preconceitos e adversidades. Por isso, a importância de adoção de ações afirmativas, como a cota para pessoas trans”, sugere.
Após o debate, a professora Suamy Soares selecionou alguns pontos debatidos durante o encontro para encaminhamentos. A proposta é analisar as demandas apresentada para a inclusão de ações na política de inclusão de ações afirmativas voltadas para a população LGBTQIAP+ nas universidades.
