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Uern conduz reunião do Conselho Consultivo do Furna Feia

Nesta sexta-feira, o representante da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) no Conselho Consultivo do Parque Nacional da Furna Feia, o professor Wendson Dantas, conduziu a última reunião do ano do colegiado. O encontro ocorreu na comunidade de Vertentes, em Baraúna.

O Conselho é composto por várias entidades representativas, como a Emater, Idema, Universidades, Prefeituras de Mossoró e de Baraúna, ICMBio, do setor produtivo e membros das comunidades do entorno do Parque Nacional. O conselho é a instância de participação da sociedade na gestão do Parque, tais como atividades relacionadas ao plano de manejo e visitação pública.

Na última reunião, foram apresentadas as atividades desenvolvidas ao longo do ano, os principais desafios para 2022, bem como a apresentação do resultado dos trabalhos do grupo de Turismo de Base Comunitária (TBC). Após a reunião, foi realizado a mostra dos produtos feitos pelas comunidades nas oficinas.

Dentro do processo de consolidação de uma universidade socialmente referenciada, Uern tem sido parceira da gestão do Parque Nacional da Furna Feia. Desde 2017, a Instituição tem colaborado com elaboração do plano de manejo para o parque e com o desenvolvimento de pesquisas para o conhecimento da região.

Conforme Leonardo Brasil, Analista Ambiental do ICMBio e gestor do Parque, a estratégia de manejo passa pelas etapas de gestão, proteção, conhecimento e visitação. “Desde 2014, as outras atividades de manejo estão funcionando, apenas a atividade de visitação que não está em funcionamento”, afirma.

Ele destaca que os pré-requisitos legais para a abertura do parque para a visitação estão quase finalizados. Ademais, como o turismo de cavernas oferece grau de risco, está sendo desenvolvido um trabalho de adequação de infraestrutura de segurança, tanto para proteger o patrimônio espeleológico e para garantir a segurança dos visitantes. “Estamos na fase final do projeto executivo, a ideia e que seja finalizado em janeiro do próximo ano”, diz o gestor. Ele afirma que a expectativa é abrir o parque para visitação no segundo semestre de 2022.

Paralelo aos trabalhos de gestão do Parque Nacional, está sendo promovida a preparação da comunidade do entorno do Parque, através do Turismo de Base Comunitária (TBC). Mais de 100 pessoas estão envolvidas no projeto, que tem como objetivo trazer o protagonismo das comunidades no turismo da região. A proposta é garantir que a comunidade que vive no entorno participe da atividade turística e usufrua dos seus benefícios.

O TBC ofereceu capacitação nas áreas de artesanato, empreendedorismo, gastronomia e gestão. Esse processo de qualificação profissional também contou com a parceria da Uern.

A professora Ana Luiza Bezerra, da Uern em Assú e conselheira da Unidade de Conservação Flona de Assú (que integra o mesmo Núcleo de Gestão Integrada do Parque da Furna Feia), desenvolve ações de pesquisa e extensão. Ela ofereceu a capacitação para os membros da comunidade fazerem o monitoramento climático de chuvas ao longo do ano. Foram instalados pluviômetros em mais de residências, onde os moradores vão fazendo a coleta. “Muitos deles dependem da chuva para agricultura. Cuidar dos bichos. É uma forma de resgatar um conhecimento que nossos avós tinham de observação da natureza. Saber se o ano é bom ou não de chuvas. É a valorização do conhecimento ancestral, para que essa comunidade se aproprie dessas informações pensando no presente e no futuro”, diz a professora.

Junto ao projeto de monitoramento das chuvas, foi desenvolvida oficinas de cultivo de mudas e produção de mel. “Tudo está articulado”, frisa a professora.

A comunitária Antônia Xavier, 69 anos, da comunidade de Montana, aprendeu a cultivar mudas. Só no curso, ela produziu 2.500 mudas, que representou um impacto posivo no orçamento familiar.

“Por causa da pandemia, no ano passado, estava o tempo todo em casa, com problemas de saúde mental. O curso online foi importante para tirar o pensamento mal. A produção das mudas começaram a aliviar a mente nesse tempo difícil. E foi muito bom”, avalia.

Texto: Adriana Morais

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